A base brasileira de celulares voltou a crescer em fevereiro, de acordo com dados da Anatel divulgados nesta quarta-feira, 25. Porém, as informações do mês estão incompletas, uma vez que a TIM mostrou a mesma quantidade de acessos em relação a janeiro – em todas as categorias – e isso potencialmente poderia mudar o cenário de crescimento.
Ainda assim, foi possível observar que, no total, o mercado cresceu 0,19% no mês, sobretudo por conta do aumento regular do LTE e do M2M, além da redução bem abaixo da média no 3G. Dessa forma, base total aumentou pelo segundo mês consecutivo, chegando a 227,128 milhões de acessos.
Tecnologia
O 4G avançou 0,54% no mês, totalizando 156,471 milhões de acessos. Quem mais adicionou linhas no período foi a Vivo, com pouco mais de 500 mil novos chips (aumento de 1,01%), totalizando 49,864 milhões de acessos. A Oi se destacou entre as grandes por ter adicionado mais de 110 mil linhas (avanço de 0,44%), total de 25,154 milhões de linhas LTE. A Claro cresceu 0,29% e ficou com 36,930 milhões de chips, enquanto a TIM manteve os mesmos 39,091 milhões de acessos de janeiro.
Vale notar, contudo, a característica do mercado brasileiro por modelo de cobrança nessa tecnologia. O crescimento da Vivo também foi na base pré-paga em 4G, com 107,6 mil adições no mês, total de 22,314 milhões de acessos. As demais grandes teles mostraram queda: de 0,67% na Claro (total de 20,129 milhões de acessos) e de 0,04% na Oi (com total de 16,656 milhões de chips). A TIM reportou os mesmos 23,487 milhões de acessos pré-pagos na tecnologia.
A tecnologia 3G recuou 0,89% no mês, totalizando 40,932 milhões de acessos. Quem mais desconectou chips foi a Vivo, com 297,4 mil desligamentos (queda de 2,62%), totalizando 11,047 milhões de acessos. Por sua vez, a Oi mostrou recuo de 3,88% (185,5 mil desligamentos), totalizando 4,597 milhões de chips. A maior base em WCDMA continua sendo da Claro, que tinha em fevereiro 16,565 milhões de linhas, após recuo de 0,28%. E a TIM continuou com 8,008 milhões de linhas de terceira geração.
O 2G encerrou o segundo mês do ano com 29,724 milhões de acessos, um recuo de 0,15%. Já o M2M adicionou 445 mil linhas (aumento de 1,79%), encerrando o período com 25,273 milhões de acessos.
Modelo
Em fevereiro, o pós-pago voltou a ter crescimento mais expressivo, com 1,012 milhão de adições líquidas (aumento de 0,92%), totalizando 111,324 milhões de acessos. Isso representava 49,01% do total da base brasileira. Os 50,99% restantes são do pré-pago, que caiu 0,51% (591,9 mil desligamentos) e ficou com 115,804 milhões de linhas.
Entre as operadoras, a briga foi mais acirrada em quem mais adicionou no pós-pago. A Vivo colocou 327,5 mil novas linhas no mês, enquanto a Claro adicionou 326,1 mil chips. As duas são justamente as que têm melhor mix nessa modalidade, com respectivamente 58,3% e 51%. A Vivo é ainda a que possui mais acessos pós-pagos, com 43,614 milhões de linhas. Vale notar que, considerando a incorporação da Nextel, o mix da Claro subiria para 53,9%, total de 31,493 milhões de acessos.
Quem tem mais pré-pagos, por sua vez, é a TIM, com 32,359 milhões (inalterados em relação a janeiro), ou 60,1% do total da base. Proporcionalmente, entretanto, a Oi ainda tem o mix com maior presença do pré-pago: 65,8%, total de 24,185 milhões de linhas.
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