A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) informou que dará entrada nesta quarta-feira, 19, com representação no Ministério Público Federal (MPF) e no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a privatização do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Ela alega que o governo atual está abandonando o caráter público do satélite e que as grandes operadoras de telecom, que comprarem capacidade do SGDC, serão beneficiadas, sem exigência de qualquer meta de universalização ou preço mínimo de venda.
A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) informou que dará entrada nesta quarta-feira, 19, com representação no Ministério Público Federal (MPF) e no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a privatização do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Ela alega que o governo atual está abandonando o caráter público do satélite e que as grandes operadoras de telecom, que comprarem capacidade do SGDC, serão beneficiadas, sem exigência de qualquer meta de universalização ou preço mínimo de venda.A representação conta com apoio de outros deputados e senadores do PT, do PMDB, do PSOL, do PDT, do PCdoB e da Rede. Também assinam a representação entidades da sociedade civil como Proteste e FNDC.
Segundo a deputada, o projeto teve investimento de mais de R$ 2 bilhões para levar banda larga às escolas, postos de saúde, hospitais, postos de fronteira, especialmente na região amazônica e em outras regiões de baixa densidade demográfica. Margarida Salomão destacou que o projeto previa acesso à internet a preços acessíveis por meio da mediação de pequenos provedores de acesso a internet, alternativa abandonada pelo governo Temer.
O edital diz que sairá vencedora do leilão a empresa que ofertar o maior valor para explorar a concessão. No entanto, o preço mínimo exigido está mantido sob sigilo, explica Margarida Salomão. “Considerando que o satélite foi fruto de um grande investimento público, e que, no mínimo, o valor pago precisa retornar para nosso país, tememos que esse sigilo tire de nós essa garantia. Essa medida contraria aos princípios da transparência e moralidade, publicidade e interesse público”, afirmou a deputada.
Além disso, o mais grave, aponta a parlamentar, é o descumprimento da missão social do projeto. “O edital não exige das empresas nenhuma meta de cobertura, universalização ou preço mínimo do serviço. Não foi sequer utilizada a tradicional mescla entre áreas nobres com áreas pouco rentáveis. O citado edital exige apenas o vago ‘cumprir’ as metas do PNBL”, explica.
Assinaturas
Assinam a representação o líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (SP), os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), Roberto Requião (PMDB-PR) e os deputados Luiza Erundina (Psol-SP), Luciana Santos (PCdoB-PE), André Figueiredo (PDT-CE) e Alessandro Molon (Rede-RJ). As entidades representativas da sociedade civil que subscrevem a representação são: Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor; Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé; Associação Internet Sem Fronteiras – Brasil; Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social; FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação; IBIDEM – Instituto Beta para Internet e Democracia; Coletivo Digital; Actantes; Instituto Nupef .
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