A Anatel criou um grupo de trabalho para acompanhar todo o processo de recuperação judicial da Oi, que é coordenado pelo conselheiro Igor de Freitas. Segundo ele, a agência está acompanhando a situação operacional da empresa há algum tempo, e já tem várias medidas planejadas, que serão adotas à medida do desenrolar dos fatos. No momento, no entanto, ele afirmou que não há risco iminente de descontinuidade da operação.

Freitas disse que a principal preocupação da agência é com os mais de 300  municípios onde a Oi opera sem nenhuma alternativa e outros muitos municípios onde a rede da Oi é importante para as demais prestadoras de telecomunicações.  “Vamos anunciar as medidas  de acordo com as necessidades, que irão além do objeto da concessão, para alcançar os demais serviços importantes, como a telefonia móvel e a banda larga. “Não poderemos permitir a descontinuidade não só do telefone fixo, mas também do celular e banda larga”, afirmou.

Para Igor de Freitas, há  uma “situação de risco no sistema” que a agência vem acompanhando há algum tempo. “Qualquer grande operação que entre em fragilidade financeira, gera situação de risco”, disse. Mas ressaltou que no momento não há qualquer sinalização de atraso ou de repasse aos fornecedores que implique risco iminente de descontinuidade na operação.

Para Freitas, a recuperação judicial assegura à Oi mais tempo para negociar com os credores, o que diminui a pressão sobre o caixa da empresa.

TAC